Não, não vamos escrever sobre filmes nem tão pouco isto é uma campanha de prevenção rodoviária -aliás, se o fosse, o titulo teria de ser “speed kills”. Hoje trazemos para sua análise a importância da velocidade de um site, bem como algumas dicas e ferramentas para optimização.
Num ambiente digital cada vez mais competitivo, com avalanches de informação a serem publicadas diariamente, conquistar a atenção de um leitor, cativá-lo a permanecer na nossa página, é um dos maiores desafios das empresas — principalmente quando os algoritmos do Google se tornam mais inteligentes e até parece que escolhem os sites quase que a dedo.
Um dos factores mais importantes para esses algoritmos é a velocidade de carregamento da página. Isto porque o Google, e demais motores de busca, valorizam a experiência do utilizador, e o tempo de espera para visualizar o conteúdo procurado é um factor que está directamente ligado a essa questão. Além do mais, todos nós temos cada vez menos tempo (e paciência a bem da verdade!) para esperar muito pelo carregamento de uma página. Caso não seja mesmo necessário abri-la, o que fazemos normalmente? -Desistimos e procuramos logo de seguida outra semelhante! Para ter uma ideia do quão impacientes temo-nos tornado, fique a saber que, de acordo com o Pingdom, o tempo ideal de carregamento de um site é de 5 segundos mas, o Google indica-nos que, em média, 53% dos visitantes mobile abandonam um site quando ele demora mais do que 3 segundos para carregar.
Com a utilização do acesso mobile a crescer exponencialmente em todo o mundo, a questão torna-se ainda mais pertinente. Em Moçambique, os serviços de Internet móvel nem sempre são os mais adequados para o carregamento de páginas mais pesadas, e é preciso ter sempre esta questão em mente quando estamos a desenvolver um site e incluir estas “contingências” na estrutura e conteúdos do mesmo.
Deixamos aqui algumas dicas e ferramentas para tornar o seu site mais “leve”, isto é: mais rápido.
- Home pages com image sliders (carrossel de imagens) são muito atraentes no entanto, retardam o carregamento da página. Nosso conselho: fuja deste recurso;
- Optimize as imagens. Existem muitos plugins para comprimir as imagens do nosso site – o nosso preferido, e ainda por cima tem uma versão gratuita, é o EWWW Image Optimizer ;
- Evite o mais possível fazer downloads de videos para o seu site. Em alternativa, redireccione o visitante para o seu canal de Youtube ou incorpore-os através de plataformas como o Vimeo;
- Abandone recursos desnecessários, nomeadamente aqueles plugins que não estão activados ou os scripts externos. Não crie armazéns de recursos que não usa;
- Active o cache de acordo com o tipo de site que tem;
- Opte por um CDN (Content Delivery Network). Ao utilizar um CDN o desempenho do site é melhorado pois a conexão ocorrerá por um servidor geograficamente mais perto do visitante. Os serviços de CDN mais usados são: CloudFlare e Sitelock CDN;
- Regule os rastreadores web (web crawlers) e faça a sua gestão regularmente;
- Escolha uma hospedagem (hosting) de confiança. A nossa escolha é sem dúvidas a Bluehost;
- Não se esqueça: Realize testes com alguma frequência, quer na óptica do utilizador como na medição efectiva das velocidades de carregamento (desktop e mobile). Existem muitas ferramentas disponíveis, algumas grátis, como:
Concluindo, os principais motores de pesquisa penalizam cada vez mais os sites lentos na navegação ou carregamento. Tal como analisam taxas de rejeição, alinhamento do conteúdo com a palavra-chave procurada, entre outras questões, eles também se focam no carregamento da página.
É extremamente importante que retenha o visitante no seu site do mesmo modo como o é constar nos primeiros lugares dos motores de pesquisa. Contudo, antes de pensar nisso, foque-se na experiência do seu público. A própria Google indica: não crie conteúdo para algoritmos, crie para os próprios utilizadores e você será reconhecido no ranking.
Cláudia Marques